terça-feira, 9 de março de 2010

ORIGEM DA VIDA NA TERRA


- Até mais ou menos o século XVII acreditava-se que os mamíferos foram criações divinas e o resto foi gerado espontaneamente. Os experimentos de Louis Pasteur e a publicação da teoria da evolução por Charles Darwin foram marcos importantes nas discussões científicas sobre o início da vida na terra.
Biogênese X Abiogênese
Também conhecida como a teoria da geração espontânea, a abiogênese admitiu que, por exemplo, cobras, rãs e crocodilos poderiam se formar espontaneamente em lama, lagos e rios. O mais famoso a defender a teoria foi Aristótelesque afirmava que a partir de um princípio ativo contido em porções de matéria, poderiam surgir seres vivos. Para comprovar essa teoria, o médico Jan Baptista Van Helmont gerou uma “receita” para produzir ratos espontaneamente: “pegue roupas sujas e suadas (princípio ativo) com grãos de trigo e deixe num canto pouco iluminado e sossegado, em 21 dias surgirão ratos. Ele ignorava a possibilidade de os ratos serem atraídos pelo local apropriado para a construção de ninhos ou pela comida. A teoria foi aceita durante um tempo, mas os cientistas que apoiavam a biogênese provariam o contrário.
- As primeiras contestações à biogênese foram dadas por Francesco Redi, que provou em 1668 que larvas não nasceriam em carne inacessível às moscas. Ele colocou a carne dentro de francos e os tampou com gaze. Apesar de vários vermes terem aparecido no exterior dos frascos, nenhum havia “surgido” de dentro da carne.



 - Em 1745, John Needham realizou experimentos que reforçariam a abiogênese. Ele aquecia tubos de ensaio com líquidos nutritivos, fechava-os sem entrada para ar e os aquecia novamente. Após vários dias, pequenos organismos proliferavam em grande quantidade, o que reforçou a abiogênese.
- Vinte e três anos depois, Lazzaro Spallanzani realizou experimentos parecidos aos de Needham. A diferença é que Spallanzani aquecia o bastante para matar os microorganismos pré-existentes na mistura. Needham retrucou dizendo que a alta temperatura destruía ou enfraquecia o princípio ativo. As conclusões tiradas desse experimento não foram em vão, Louis Pasteur usaria mais tarde essas conclusões como base para sua explicação.

- Foi principalmente por causa de Louis Pasteur, que a ocorrência da abiogênese foi desconsiderada. Contra o argumento de Needham sobre a destruição do princípio ativo durante a fervura, ele formulou experimentos com frascos com "pescoço de cisne", que permitiam a entrada de ar, ao mesmo tempo em que minimizavam a entrada de outros micróbios. Dessa forma, demonstrava que a fervura não tirava a capacidade dos líquidos de manterem a vida, bastaria que organismos fossem introduzidos. O impedimento da origem da vida por falta do princípio ativo também pode ser descartado, já que o ar podia entrar e sair livremente da mistura. O recipiente com "pescoço de cisne" permaneceu nessas condições, livre de micróbios durante cerca de um ano e meio.


 Texto produzido pelos queridos alunos Tatiana Bruno, Mariana Garcia e Roberto. 

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