- Até mais ou menos o século XVII acreditava-se que os mamíferos foram criações divinas e o resto foi gerado espontaneamente. Os experimentos de Louis Pasteur e a publicação da teoria da evolução por Charles Darwin foram marcos importantes nas discussões científicas sobre o início da vida na terra.
Biogênese X Abiogênese
- Também conhecida como a teoria da geração espontânea, a abiogênese admitiu que, por exemplo, cobras, rãs e crocodilos poderiam se formar espontaneamente em lama, lagos e rios. O mais famoso a defender a teoria foi Aristóteles, que afirmava que a partir de um princípio ativo contido em porções de matéria, poderiam surgir seres vivos. Para comprovar essa teoria, o médico Jan Baptista Van Helmont gerou uma “receita” para produzir ratos espontaneamente: “pegue roupas sujas e suadas (princípio ativo) com grãos de trigo e deixe num canto pouco iluminado e sossegado, em 21 dias surgirão ratos”. Ele ignorava a possibilidade de os ratos serem atraídos pelo local apropriado para a construção de ninhos ou pela comida. A teoria foi aceita durante um tempo, mas os cientistas que apoiavam a biogênese provariam o contrário.
- As primeiras contestações à biogênese foram dadas por Francesco Redi, que provou em 1668 que larvas não nasceriam em carne inacessível às moscas. Ele colocou a carne dentro de francos e os tampou com gaze. Apesar de vários vermes terem aparecido no exterior dos frascos, nenhum havia “surgido” de dentro da carne.
- Em 1745, John Needham realizou experimentos que reforçariam a abiogênese. Ele aquecia tubos de ensaio com líquidos nutritivos, fechava-os sem entrada para ar e os aquecia novamente. Após vários dias, pequenos organismos proliferavam em grande quantidade, o que reforçou a abiogênese.
- Vinte e três anos depois, Lazzaro Spallanzani realizou experimentos parecidos aos de Needham. A diferença é que Spallanzani aquecia o bastante para matar os microorganismos pré-existentes na mistura. Needham retrucou dizendo que a alta temperatura destruía ou enfraquecia o princípio ativo. As conclusões tiradas desse experimento não foram em vão, Louis Pasteur usaria mais tarde essas conclusões como base para sua explicação.
Texto produzido pelos queridos alunos Tatiana Bruno, Mariana Garcia e Roberto.
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