Depois da sessão pipoca, eu e meu marido ficamos curiosos para conhecer as razões de o filme de Meirelles não ter feito o sucesso que merecia. Talvez por se tratar de uma adaptação de um best-seller, o que leva à inevitável comparação das linguagens literária e cinematográfica. Felizmente eu havia lido o livro há muitos anos - o que garantiu o distanciamento necessário para não cair nessa armadilha. Até porque, ao ver a reação de Saramago assitindo o filme pela primeira vez, não resta dúvidas sobre o valor da película:
Confesso que me lembro pouco do texto literário, mas não esqueço de como eu me deliciava com o rítmo produzido pela ausência quase absoluta da pontuação e de fechar o livro várias vezes durante a leitura para refletir nas situações loucas que Saramago criava. Fiquei muito tempo pensando no sentido social da visão e nos valores que cultivamos graças à nossa percepção estética. Algumas cenas do filme me levaram novamente para essa viagem. Aliás, posso garantir que Saramago e Meirelles são excelentes companhias.
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