Enquanto leio mais um caso de pedofilia, envolvendo personagens que deveriam atuar zelando pela criança, me pergunto: onde está a raiz do problema e como eu, enquanto mãe e professora posso fazer para não me sentir omissa?
Será que esses pais, biológicos ou não, não sabem o quanto a figura paterna é importante para a saúde emocional de seus filhos e filhas? Porque eles, ao se verem atraídos sexualmente por uma criança, não buscaram orientação sexual para aprender a dominar seus impulsos, que nesse caso são mais que perversos? De onde deveria vir essa orientação e porque não veio? Será que os educadores da família, da escola e dos centros religiosos foram vencidos pela vergonha, timidez, ignorância ou negligência? E quanto às mães das vítimas: porque não observaram, denunciaram e/ou brigaram pela integridade física de suas filhas?
Outra matéria que me chama atenção é essa: o arcebispo de Olinda e Recife não escomungou o padrasto da menina de nove anos que engravidou de gêmeos após ter sofrido vários anos de abuso. Talvez ele saiba que a igreja também é culpada por se omitir quando se trata de orientação sexual. É mais fácil proibir e, se não resolver, escomungar. Nosso Pilatos contemporâneo também lava as mãos, mas o sangue das inocentes permanece ali.
Se Jesus estivesse no lugar dele, provavelmente diria aos padrastos e pais que usam suas filhas como objetos sexuais e aos demais homens e mulheres que não protegem as crianças da mais cruel das violências: vá para o fogo eterno e fique lá com o diabo e seus anjos!
sábado, 7 de março de 2009
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