Foi preciso que a Luisa nascesse para que eu descobrisse o quanto a maternidade aguça o instinto de sobrevivência. Ações comuns como atravessar uma rua passaram a envolver mais cuidado. Não que eu tivesse um comportamento suicida ao atravessar a rua, mas sempre fiz isso de forma relaxada, sem me dar conta dos riscos que eu corria. Mas ao experimentar uma boquinha sugando meu peito desejei que nada de mal acontecesse comigo - nem tanto por mim, mas por ela. Sobreviver passou a ser uma obsessão. Quem cantaria olhando nos olhos dela e dizendo sinceramente que a ama mais que tudo nessa vida? Quem repetiria as mesmas histórias tantas vezes quanto ela pedisse? Quem cortaria as unhas com paciência, escovaria os dentes com criatividade, permitiria que ela enrolasse o cabelo até conseguir dormir (as vezes me irrito com essa mania, mas no fundo adoro).
Descobri que as mães fazem com prazer coisas que para outras pessoas parecem perda de tempo. Por isso quero viver muito. Que Deus continue me guardando e guardando a minha doce Luisa.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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