Entre os cerca de três milhões que estavam no Haiti, na área atingida pelo terremoto de 7 graus na escala Ritcheter, estava Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança. Há indícios de que ela morreu junto com centenas de milhares de haitianos, inclusive muitos dos pobres que ela defendeu. Hoje os políticos aproveitaram para tirar uma casquinha dessa perda, como se tivessem compromisso com as causas de Zilda: a criança, o adolescente e o idoso. Ao ler as declarações pensei no que ela diria se ouvisse esse bla-blá-bláá. Talvez ela dissesse: eu cumpri a minha missão. Agora é a vez de vocês!
Assim como Zilda, outros heróis, como os profissionais de saúde que atuam no Médicos sem Fronteiras, foram para o Haiti porque encararam de frente a missão de cuidar do outro. Na maioria das vezes, esse outro é um desconhecido, pobre e diferente. Nesse momento, muitos desses heóis estão tentando manter o hospital que foi seriamente atingido e atender as mulheres que precisaram sair às pressas da maternidade que não suportou os abalos geológicos. Membros da ONG Viva Rio e pesquisadores da UNICAMP também permanecem no país, tentando, ao mesmo tempo, sobreviver e ajudar.
Enquanto isso, Obama e outros dirigentes importantes oferecem o pensamento e as orações ao Haiti. Se eles aprendessem com Zilda, saberiam que a fé, sem obras, é inútil. Se você está se perguntando o que pode fazer, tenho algumas sugestões: reúna vizinhos e promova um encontro solidário - pode ser um café da manhã, por exemplo. Você pode tirar o escorpião do bolso e ser colaborador de ONGs que tenham um trabalho sério: você não vai, mas o seu dinheiro sim. Outra opção é fazer as malas e embarcar nessa aventura. Não é possível ir tão longe? Pode haver lugares perto de você que te farão cantar: "o Haiti, é aqui".
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Página criada pelo Google para doações ao Haiti:
http://www.google.com/relief/haitiearthquake/
é muito triste, mais a verdade é q "temos Muito do Haiti ak, do ladinho...,
nossa missionaria pregava o "voluntariado e solidariedade"e isso tem de continuar...
zan.
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