Ainda não nos convencemos de que os alimentos transgênicos são inócuos à saúde e os cientistas holandeses nos obrigam a refletir sobre a produção de alimentos com células tronco. Um anúncio publicado ontem pela Universidade de Maastricht afirmava que foi possível produzir carne suína usando a tecnologia de células tronco, que consiste em multiplicar células embrionárias especiais, em laboratório.
Nos primeiros dias de vida, aproximadamente no quinto dia após a concepção, os embriões - do porco inclusive - não passam de uma bola esférica feita de células. No interior dessa esfera, existem algumas células que são capazes de formar qualquer tipo de tecido para formar o organismo, inclusive um tecido apreciadíssimo pelos carnívoros: o músculo. Até pouco tempo, falava-se em células tronco como uma esperança para a medicina no tratamento, por exemplo, de doenças degenerativas ou de severas lesões na medula. Mas agora, a idéia é poupar milhares de porcos, induzindo no laboratório a multiplicação de células musculares a partir de poucas células tronco. Antes que você possa pensar que a partir de agora os porcos passarão a ser dispensáveis e que a poluição que a suinocultura gera, principalmente para os recursos hídricos, é coisa do passado, vale lembrar que essa pesquisa só está começando. Tanto é que nenhum dos cientistas se atreveu a degustar a iguaria, mesmo que a condição de cultivo tenha sido mais limpinha que alguns chiqueiros brasileiros.
A produção de carne em laboratório é objeto de pesquisa em outros países e representa a esperança de mitigar o problema da fome. Mas a que custo? Não seria mais fácil investir na distribuição das toneladas de alimentos já produzidos que apodrecem todos os anos? Para alguns cientistas vale o investimento. Os da Nasa, investem nesse projeto na esperança de um dia os astronautas produzam carne no espaço. Já pensou?
sábado, 16 de janeiro de 2010
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