segunda-feira, 13 de abril de 2009

Esses professores....

O Professor está sempre errado

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é 'caxias'.
Precisa faltar, é 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, é 'conteudista'.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.
(fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36,1998.)


Talvez vocês conheçam esse texto, mas o que a maioria de vocês não sabe é que a amiga que enviou esse texto para mim decidiu, recentemente, abandonar o magistério.

Minha amiga era uma professora maravilhosa que atuava principalmente no laboratório. Os shows - ou aulas - que ela preparava encantavam as crianças de todos os tamanhos. Quantos olhos brilhantes pude presenciar a cada vez que eu levava os meus alunos para aquele cantinho especial do colégio? Surpreendentemente, ela ganhava bem menos que outros profissionais e um dia simplesmente foi descartada da "família", ou melhor, foi despedida sem nenhuma causa ou justificativa.

Já falei aqui sobre a demissão injusta dos educadores e da indiferença que as famílias, os coordenadores e outros colegas de trabalho costumam ter diante da ausência de um de seus membros. Mesmo assim, não resisto: vocês vão continuar mudos?

Felizmente, minha querida amiga não tem medo da chuva e enxergou que sua fluência em inglês e seu interesse pela diversidade cultural poderiam transformá-la em uma profissional de turismo de alta classe. Imagino que fará muito sucesso conduzindo estrangeiros pelos lugares mais fascinantes do Rio. Perdeu a escola, ganhou a cidade!

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