quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nem o céu é o limite

Houve uma época em que o professor era o centro do ensino-aprendizado. Há quem sinta saudades, mas os novos tempos exigem um ambiente propício para aprender a aprender: com qualquer um que tenha algo para ensinar, sem distinção de idade ou qualquer outra diferença.

Educar não é mais meramente informar, assim como estudar é cada vez mais incompatível com a passividade. As aptidões saber fazer, saber ser e compartilhar se articulam em um moto-contínuo onde a generosidade faz girar as aptidões.

Para mim, é altamente encorajador ver estudantes engajados em aulas práticas, clubes de ciência, participando de olimpíadas como a de Biologia ou desenvolvendo trabalhos que promovem ações sociais e/ou a qualidade de vida. Atualmente, oriento alunos ávidos para conhecer mais sobre o cientista Carlos Chagas. Esses jovens estão subdivididos em dois grupos: um quer conhecer a construção do mito após 100 anos da descoberta da doença de Chagas e outro grupo investiga quem foram os colaboradores que facilitaram tal descoberta. Há também um grupo de alunos do ensino fundamental que se reúne semanalmente no Clube de Ciências da Escola Parque. Com eles tenho a oportunidade de aprender em conjunto: elaboramos propostas, solucionamos problemas, construímos argumentação, investigamos fenômenos e exercitamos a linguagem científica. Esse compartilhamento do saber dá uma nova cor ao meu trabalho e desenvolve novas habilidades.

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