Saber olhar para um futuro que não existe, ainda, é uma estratégia de sobrevivência e de adquirir uma nova roupagem para a nossa apresentação. Por exemplo, imagine você, podre de cansaço tendo que dirigir por uma longa distância. Se você se prende ao presente, corre sérios riscos de dormir ao volante. Mas se pensar nas coisas que poderiam acontecer caso você dormisse, ou seja, se conseguir viajar no tempo e se imaginar em um hospital, sem forças para lutar pela vida, ou na melhor das hipóteses, perdendo um longo tempo esperando pelo reboque, certamente você irá firmar o corpo e estimular a produção de adrenalina para se manter esperto.
Imagine-se em outra situação: começa aquela aula que você considera chatérrima. Ao se deixar levar pela idéia de que há coisas muito mais interessante para pensar ou conversar com os amigos, certamente sua aprendizagem ficará comprometida. Mas se você consegue se transferir para o final do ano letivo e se imaginar reprovado ou se viajar ainda mais e imaginar o seu chefe te perguntando algo relacionado à dita aula, certamente conseguirá firmar o corpo e conectar ao educador que está na sua frente. Sua atenção, além de notas melhores, poderá te apresentar como um sujeito responsável, educado e, acredite: inteligente!
Entre o aluno que não quer nada e o bom aluno está a capacidade de enxergar o futuro. Aprender pode ser doloroso, como é sofrido assumir inúmeras responsabilidades na vida. Relaxar é saudável, mas também muito perigoso. Aprender a discernir o tônus que assumimos em cada situação - relaxar ou firmar o corpo - pode decidir o modo de fazer parte do mundo ou de como o mundo nos vê.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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