Ler "O Quinze" de Rachel de Queiroz me fez viajar para aquele 1915. Hoje quero sugerir essa deliciosa leitura e partilhar um poema que engavetei em 2004:
Ah meu sertão,
Ser tão
Secura doída
Matizes de cores que vibram
Refletindo a luz que racha o solo
Num clima onde explode vidas severinas,
quebra a lógica do ciclo
e mantém o mistério que faz fluir a seiva
Paisagem tostada, ressequida, exótica e bela
Vida estéril transitando íris desoladas
das espécies que não suportam o próprio peso
e servem de alimento para aves negras
enquanto suspiram pela última vez
Esse ser tão dolorido
Ao mesmo tempo um ser tão guerreiro
Ou quem sabe ser tão sofrido
Percebido como ser tão eclético
Permanece um ser tão explorado
Mesmo sendo um ser tão rico
o meu sertão
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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