O caso do menino que foi vítima de seu padrasto e de uma sessão de magia negra e que hoje luta pela vida enquanto se submete à cirurgias para extrair as agulhas de seu corpinho frágil nos coloca algumas questões. A primeira é que quem tem um filho e ama essa criança tem a obrigação de ter atenção redobrada com quem essa criança se relaciona. Naturalmente essa exposição aumenta quando os pais se separam, mas deixar seu filho com uma pessoa estranha é um risco e os pais precisam aprender a planejar o novo leque de relacionamento. Conversar abertamente sobre isso após a separação pode ajudar o casal a encontrar estratégias de prevenção. O responsável pela criança precisa entender que tem o dever de proteger a criança de qualquer situação que possa machucá-la fisica ou emocionalmente. Um olhar atento ao comportamento e ao corpo das crianças pode trazer sinais de abusos: babás, pais e professores não podem fechar os olhos para esses sinais! Uma dica importante: na dúvida é melhor não arriscar, mesmo quando o desejo é forte, não se relacione com alguém que possa colocar o seu filho em risco e não permita que a criança fique sozinha com estranhos, até que você se sinta seguro. É melhor pecar pelo excesso de zelo que pela negligência.
A segunda questão é sobre as recorrências de casos de crianças vítimas de rituais. Saímos de uma situação de intolerância religiosa para outra de total permissividade. É como se acreditássemos que religião realmente não se discute, inclusive quando os rituais envolvem menores e trazem prejuízos aos meninos e meninas. Não é possível que as autoridades se esqueçam da responsabilidade de investigar e punir os crimes contra as crianças e adolescentes. A mídia está exibindo fotos dos envolvidos - o padrasto e sua amante - como se eles fossem os únicos culpados. E os que não investigam? E os que não zelaram pela segurança dessa criança?
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
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