quinta-feira, 25 de abril de 2013

Um escritor na Escola

Hoje recebemos a visita do escritor Flávio Carneiro na minha escola. Ele foi um dos convidados da Semana Literária na Escola Parque Barra.  O autor de um dos paradidáticos escolhido pela professora Patrícia Paula para as turmas do sétimo ano - A distância das coisas  - se dispôs à dividir a sua experiência profissional com um grupo de adolescentes.

Flávio nos contou que quando era criança tinha dois sonhos: ser escritor ou jogador de futebol. Um aluno considerou que ele deveria primeiro ter virado jogador, e que, ao se aposentar, poderia ter sido escritor! Flávio concordou com ele e em seguida, compartilhou um pouco de sua história pessoal: seus pais tiveram um papel importante na carreira dele. Ainda que a infância dele não tivesse muitos livros, foi rica em histórias: o pai, professor de datilografia, era um excelente contador de casos, e a mãe era costureira. Flávio, que desde pequeno gostava de escrever, registrava os casos que ouvia nas reuniões de família. Depois o pai dele, todo orgulhoso, cortava pequenos pedaços de papel onde datilografava esses textos, enquanto a mãe fazia capas de tecido para os primeiros livretos daquele que um dia seria um escritor premiado.

Para Flávio, a fonte de inspiração pode vir de um sonho, de um filme ou de alguém que passou por ele e o fez imaginar uma história. Antes de começar a escrever um livro, ele costuma fazer um apanhado geral da história, para só depois desenvolvê-la em detalhes.  
Nem sempre é um prazer e muitas vezes é preciso ter paciência: um dos livros dele,  A Confissão, levou 8 anos para ficar pronto. Os meninos ficaram surpresos quando souberam que as editoras costumam reservar apenas 10 por cento para o autor, enquanto as livrarias ficam com 30%. Eles aprenderam que um agente editorial é uma espécie de empresário que cuida dos interesses do escritor.

Aos que sonham em ser futuros escritores, ele ensinou: o mais importante é a prática da leitura: "não existe um bom escritor que não seja um bom leitor". Flávio finalizou com uma dica para os que desejam começar agora mesmo a se aventurar: uma carta - daquelas que escrevemos cuidadosamente - é um excelente exercício!

Depois dessa experiência, a escrita e a leitura proposta por uma doce professora, terá outro significado, sobretudo para os que estiveram atentos à trajetória  desse escritor. Eu também fiquei com vontade de ler!



Quer saber mais? Flaviocarneiro.com.br

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