Tenho a sorte de contar com a companhia de duas crianças e para preserva-las dos malucos que transitam e não respeitam ninguém, decidi ficar em casa. Eu já encarei alguns bloquinhos com elas em outros anos, mas nunca me senti tão receosa. É uma pena porque gosto do carnaval de rua. Os cariocas têm um humor único que ficam evidentes nas fantasias: tem coisas de morrer de rir.
Como diria nosso Paes: evitem o Rio de Janeiro! Particularmente prefiro, evitem o prefeito, mas tenho que reconhecer que dessa vez o problema não é só ele. É muita gente, muito lixo, muita loucura... É como se o direito de se divertir fosse maior do que qualquer outro direito. Parece que os foliões não foram educados à usar lixeiras, à proteger as crianças e os idosos e que são incapazes de compreender que as pessoas que residem nesse bairro também merecem ter sossego. Duvido que boa parte dos estrangeiros que circulam por aqui agiriam da mesma forma em seus países de origem. Duvido ainda mais que os brasileiros que berram e sujam o meu bairro se comportariam dessa forma em outros países.

Pra não dizer que não pulei o carnaval 2014, hoje rolou um baile no meu condomínio e eu pude levar as crianças. Ainda bem que tenho uma vizinhança ímpar que organizou essa folia para suprir o meu desejo de pular o carnaval com minhas pequenas. Lá as pessoas estavam se divertindo muito, e assim mesmo, respeitando o espaço de todos. Foi uma delícia ver as meninas felizes, com fantasias leves pulando e interagindo com a vizinhança. Pessoas muito especiais, que deveriam ser respeitadas por todos aqueles que costumam visitar ou trabalhar na Lapa e também pelo subprefeito e seus assessores. Afinal, escolhemos morar nesse bairro porque amamos aqui.
Um comentário:
Todo carnaval também vou a rua, acompanho alguns blocos, vejo o movimento das ruas, as fantasias, a vida pulsando em cada folião. Mas este ano estou mais caseira, sem vontade de ir à rua e não sabia o porquê, agora, ao ler este post pude perceber o significado deste recolhimento. É isso Silvânia, você disse tudo.
Postar um comentário