A grande sacada do carnavalesco Paulo Barros - que já deu essa lição outras vezes, mas as escolas irmãs parecem não entender - é valorizar o quisito gente. Desconfio que não foi o herói fabricado pela Globo que deu o título: qualquer tema funcionaria com aquela moçada.

Os componentes da Tijuca brincavam como velhos amigos: em sintonia e com muita alegria, dançavam no chão ou nas alegorias que compunham os carros. A escola foi, disparada, quem mais investiu tempo em ensaios. Essa preparação do grupo enriqueceu as alas que reproduziam movimentos em conjunto - a coreografia não era rebuscada, mas contagiava as pessoas da arquibancada que já estavam cansadas porque aquele era o último desfile e o dia clareava.
Transferindo essa mesma lição para uma empresa ou uma escola, um bom gestor é o que promove a auto-estima e valoriza as pessoas como parte impressindível da engrenagem que compõe a história da instituição. Por mais dinheiro que se gaste em tecnologia, o apogeu da força dramática e da capacidade de articulação é o próprio ser humano. Vale investir no grupo, não apenas em um ou outro cargo de chefia, nas na equipe para que ela mostre o que sabe fazer e articule ações que surpreendam o mercado. Ao apreender a lição da Tijuca, sua equipe chegará na frente se cada funcionário estiver ciente da importäncia do seu papel e do papel do outro.