
Com tantos desconfortos pós cirúrgicos e adaptações no cuidado de um bebê, a mãe precisa ficar só - ela pode ter vontade de desnudar o peito machucado ou simplesmente chorar - porque tudo é muita emoção... E nesses casos, ter que bancar a mulher mais feliz do mundo, ninguém merece! Se essa mulher deu à família um bem tão precioso, merece um tempo pra se recompor.
Algumas famílias ficam tão radiantes com o nascimento de uma criança que reúnem mãe, irmã, sobrinho, sogro, sogra... E o que dizer do melhor amigo do marido que resolve bebemorar na casa do casal aquele maravilhoso acontecimento? Todos ali, dispostos à dar amor e ajudar no que for necessário, mas também dando palpites quase nunca solicitados e gerando trabalhos ou preocupações para a mulher que acabou de dar a luz e que naquele momento merece todo o sossego do mundo.
No segundo filho, mais fortalecida, a mulher costuma se pronunciar sobre a preferência de estar sozinha e como resposta à sua coragem, terá um ambiente em casa tão mais tranquilo, que parecerá que fez filhos a vida toda. Maravilha se essa mulher pode contar com uma única pessoa, discreta, amiga e com o bom e velho simancol. Mas o ideal é que a mulher possa, de fato, contar com o pai da criança: para que o casal se sinta ainda mais unido na magia de se ver no filho ou na filha que acabou de chegar, entre um choro e outro - da mãe que sofre com os pontos ou com a amamentação ou do bebê que se contorce em cólicas, os dois podem propor mil e um combinados que poderão fazer toda diferença no futuro e na simples e deliciosa tarefa de lamber a cria.
Não estou dizendo com tudo isso que se deve impedir qualquer tipo de aproximação, até porque há casos e casos. Apenas quero tranquilizar, sobretudo a mulher que se encontra na solene situação de "resguardo" que não se culpe se, no íntimo, preferisse ficar sozinha. Acontece!