segunda-feira, 2 de abril de 2012

Aos mestres de estudantes com síndrome de Donw

As escolas podem e devem acolher estudantes com síndromes de Down. Para combater o preconceito, os educadores podem contar com materiais como esse:


É claro que a inclusão não é uma tarefa fácil: nesse relato quero encorajar meus colegas de trabalho que estão encarando esse desafio. Na turma da minha filha  há uma criança com a síndrome de Donw: o Rafa. Levou um tempo para nos adaptarmos, como deve acontecer quando ganhamos um filho assim. Já publiquei aqui no blog um relato lindo da mãe do Rafa contando como foi a chegada do Rafa na vida dela. Mas não tenho palavras para dizer o presente que foi conhecer essa criança e os pais dela, o biólogo Carlos Figueiredo e a arquiteta Carla Codeço. Aprendo com eles sempre e compreendo que a luta que eles travam em favor da inclusão é para que as crianças que não possuem a síndrome tenham a chance de conviver, sem medos ou reservas com aquelas que possuem. Se um dia minha filha tiver uma criança com Donw, é possível que ela não sofra tanto como a mãe do Rafa ao receber a noticia. 

No tempo da Carla, como no meu e talvez no tempo da maioria dos meus leitores, essas crianças ficavam fechadas em instituições especiais e só costumavam aparecer em programas sensacionalistas que nos faziam chorar de pena e rezar para nunca ter um filho assim. Me lembro que quando eu ouvia algum pai dizendo que o filho com Donw foi um presente, eu pensava: ou ele quer se consolar ou esta maluco! 

Hoje eu tenho a exata dimensão do que é isso, porque o Rafa é uma dádiva! Tenho certeza de que ele será um grande homem: dentre outras coisas pela linda família que tem, pelo carinho que recebe e oferece e, também, pela excelência da equipe pedagógica que não só o acolheu, mas segue pesquisando e estimulando para que ele desenvolva todo potencial que tem. Se um dia houve alguma preocupação com o conteúdo pedagógico, hoje há um reconhecimento dos pais da turma que é possível garantir aprendizagem de qualidade, sem abrir mão da vivência com a diversidade. Por isso desejo força para os educadores que assumirem essa tarefa e melhores condições de trabalho para que possam aproveitar as delicias dessa convivência. Também desejo que os pais sejam parceiros da escola, que confiem nos educadores de seus filhos e que estejam abertos para conviver e aprender com as famílias dos estudantes com síndrome de Donw. Na natureza, diversidade é sinônimo de riqueza. Na escola também!

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