quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A campanha da amamentação esconde uma triste realidade


Quem vê esse cartaz com a poderosíssima Juliana Paes pode pensar que amamentar é só felicidade. Não é verdade! Procure conversar com algumas mulheres que amamentaram ou tentaram amamentar e você irá ouvir relatos de sofrimento com rachaduras no peito, dores intensas no momento de sucção, cansaço profundo, insegurança e outros sintomas desagradáveis que explicam o baixo índice de amamentação. A mulher que sofre um ou mais desses problemas só irá insistir se: tiver plenamente convencida dos benefícios que a amamentação oferece a ela e ao bebê, contar com o apoio das pessoas que convivem com ela e com o bebê e, claro, tiver um desejo monstro de oferecer o seu peito ao filhote.

Se campanhas como essa, promovida pelo Governo Federal, pulveriza a ideia de que é muito fácil amamentar, a mulher se sente inferiorizada quando não dá conta de seguir adiante. Esperando por ela, está a indústria de suprimento alimentar, representada por profissionais de saúde, que  tenta convencer que é mais fácil e prático usar os produtos industrializados. 

O lado bom da moeda  é sem dúvida encantador: ele remete ao teor nutritivo do leite materno e a construção do vínculo estabelecido nessa troca de carinho entre mãe e filh@. Mas apresentar apenas essa face da questão e não discutir ou enfrentar os problemas que algumas mulheres enfrentam, é desperdiçar dinheiro público, ignorar a responsabilidade que temos com essas mães e essas crianças e negar à sociedade o direito de conhecer seus deveres na promoção do aleitamento materno.  

Um comentário:

geraldo santos disse...

Interessante ponto de vista, eu como homem não tinha noçao dessa realidade, é importante que outras mulheres também comentem a situaaçao,
abraço a todos e todas
Geraldo Santos