quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Os sem escolas

O alto custo das mensalidades escolares, o obsoletismo do ensino, o alto índice de violência e a falta de abertura para o diálogo são algumas das razões de as famílias saírem das escolas particulares em  busca de novas alternativas para a formação de seus filhos.

Algumas famílias migraram para as escolas públicas e encontraram um fôlego no  processo de endividamento e podem até se surpreender com a qualidade da estrutura da escola e com o bom nível dos professores. Entretanto, existem famílias que, ao se sentirem economicamente aliviados, largam as crianças ao Deus dará. Conheço casos de escolas - na zona sul do Rio de Janeiro - que estão sem professores de português desde o início do ano - escrevo isso em setembro! - e que as famílias não fizeram nem um barulho por isso. Me pergunto: será que os alunos não comentam nada em casa. Se comentam, os pais não ouvem ou não se incomodam?

Algumas famílias decidem pela desescolarização assistida: um grupo se organiza, os membros da família assumem o papel de professores ou um educador ou vários profissionais contratados orientam o estudo das crianças e dos adolescentes. Geralmente as aulas acontecem na casa de um dos participantes ou as crianças podem migrar para diferentes espaços - incluindo bibliotecas e centros culturais. Esse vídeo fala sobre isso - infelizmente não encontrei nenhuma versão legendada para ele, mas mesmo assim, vale a pena ver:



Penso que independente da modalidade do ensino,vários fatores estão envolvidos na formação de um sujeito preparado para criar, atuar e assumir responsabilidades no mundo. O "ser sincero e desejar profundo", cantado por Raul, se aplica para cada sujeito envolvido nesse processo.  Educadores - pais e colaboradores inclusive, junto com cada educando precisam querer e perseguir o aprendizado, de preferência com alegria. No vídeo abaixo, um adolescente que optou por viver fora da escola tradicional, mas dentro de um intrincado mecanismo de aprendizagem, explica como é possível ser feliz de um jeito diferente daquele que a maioria das crianças enfrentam em seus cotidianos onde a criatividade não costuma ser valorizada. Veja, reflita e escreva para mim. Vou adorar ler e compartilhar aqui o que você pensa sobre esse assunto!



Nenhum comentário: