quarta-feira, 30 de março de 2011

A Transformação das Espécies

o estudo da Evolução das Espécies, parte de duas premissas:

Transformismo = as espécies mudam com o passar do tempo geológico. É o contrário do Fixismo que afirma que as espécies não mudam: elas continuam hoje como eram quando foram criadas por Deus.

Ancestralidade comum = todos os seres vivos existentes no planeta descendem de um mesmo ancestral.


Estudiosos da Biologia Comparada e da Paleontologia se dedicam a comparar as características de diferentes espécies, ao longo da sua história para encontrar evidências da evolução.

Duas teorias fundamentaram a Evolução:

A primeira proposta por Jean-Baptiste Lamarck estabelece a Lei do uso e do desuso e a Lei da herança dos caracteres adquiridos

As idéias de Lamarck sugerem que um órgão muito utilizado tende a se desenvolver, enquanto um órgão pouco utilizado atrofia. Para ele, a consequência desse uso ou desuso de um determinado órgão será transmitido para os descendentes.

Em atletas, por exemplo, a musculatura desenvolve, enquanto nas pessoas que sofreram paralisia, a musculatura tende a se atrofiar. Mas o desenvolvimento muscular não é herdado pelos descendentes: não há transmissão de características adquiridas.

Veja como Lamarck explicava o desenvolvimento do pescoço das girafas:


Para ele, as girafas primitivas tinham pescoço curto, mas para alcançarem folhas mais altas, passaram a esticar o pescoço e esse uso do pescoço foi desenvolvendo o órgão. Uma geração passava para a seguinte essa característica adquirida.

Outro cientista que se dedicou a estudar a evolução foi o inglês Charles Darwin. Para desenvolver a teoria conhecida como Darwinismo, ele deu a volta ao mundo coletando e observando as espécies. Veja o percurso que o navio dele percorreu:




O diário de bordo de Darwin ressalta as descobertas que ele fez nas ilhas de Gálapagos, onde ele percebeu relações importantes entre a fauna e a flora. Para saber mais sobre essa viagem, clique aqui.

Darwin foi fortemente influenciado por Thomas Maltus que afirmava que a espécie humana cresce mais rapidamente do que os recursos alimentares. 

Darwin relacionou os dados da viagem com o que havia aprendido com Maltus e criou a teoria da Seleção Natural que analisa o potencial reprodutivo das populações, as variações dos indivíduos e os processos de competição. Darwin defendeu que quando os recursos não são suficientes, ocorre a luta da sobrevivência e que as variações entre os indivíduos pode apresentar seres mais aptos, com maior chance de sobrevivência.

Para Darwin o ambiente escolhe os organismos mais aptos, fazendo um seleção natural. Por exemplo, Darwin analisou o caso das girafas afirmando que os ancestrais das girafas não eram todos iguais. Eles apresentavam variações no tamanho de pescoço. Ao competirem com outros animais herbívoros, as girafas ancestrais passaram a se alimentar de folhas mais altas. Nesta competição, quem tinha pescoço mais comprido estava em vantagem e tinha melhores chances de sobreviver e ter descendentes. Com esse sucesso reprodutivo, a população de girafas com pescoço comprido deu origem às espécies atuais.


Agora compare as duas teorias:






Darwin foi muito criticado na época. Ele não sabia explicar a origem das variações porque a genética ainda não era o foco da ciência. Hoje sabemos que essas variações acontecem por mutações e recombinações genéticas. Mas isso, é outro papo...

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